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domingo, 20 de outubro de 2013

Vida Loka

Técnicas de estudo


Um estudo publicado pela revista Psychological Science in the Puclic Interest avaliou, no início deste ano, 10 técnicas de aprendizagem utilizadas pelos estudantes.

- Prática distribuída
Programar um cronograma de estudos ao longo do tempo. 
Este método apresentou o melhor resultado

Ex:
Se você apenas estuda e pode organizar seu próprio horário em época de provas, terá mais sucesso se estudar, por exemplo, 2 horas de manhã, 2 a tarde e 2 a noite, ao invés de estudar a matéria inteira durante 6 horas seguidas. E, mesmo entre as duas horas, convém fazer um pequeno intervalo.
Se você trabalha, faz estágio ou tem outras atividades além da faculdade, poderá aplicar esta técnica nos finais de semanas. Se não for possível, lembre-se de fazer pequenos intervalos a cada hora de estudo, pois isso ajudará a manter seu rendimento.

- Teste prático
Resolver questões de provas é até duas vezes mais eficiente que outras técnicas avaliadas.

Então, resolva muitos exercícios, realize muitos testes práticos relacionados ao conteúdo em estudo, pois é uma das melhores técnicas de aprendizagem. Os psicólogos responsáveis pela pesquisa apontam que a qualidade dessa técnica se deve aos vários formatos possíveis de aplicação: questões de múltipla escolha, testes do tipo “preencha a lacuna”, questões assertivas. Ao final de cada conteúdo, faça sempre os testes práticos e exercite aquilo que acabou de estudar.

- Estudo intercalado de diferentes conteúdos
Esta técnica demonstrou ter bons resultados, principalmente, no aprendizado das matérias de ciências exatas, como matemática, física e estatística.

A pesquisa comprovou que é mais efetivo estudar intercalando diferentes tipos de conteúdos de uma maneira mais aleatória que estudar tópicos de uma só vez. O principal benefício desta técnica é fazer com que a pessoa se mantenha mais tempo estudando.
Misturar diferentes matérias em uma mesma sessão de estudos é eficiente porque, toda vez que retomamos um conteúdo visto anteriormente, acessamos a memória de longo prazo, o que faz com que o cérebro relembre algo, ajudando a fixar o conteúdo que não foi visto nos últimos minutos.

- Auto-explicação
Trata-se de ler o conteúdo e explicá-lo com suas próprias palavras para você mesmo. 

De acordo com a pesquisa, a técnica só dá certo se o estudante entender o assunto e conseguir decodificar o que está aprendendo. Não adianta apenas “ler em voz alta” ou, ainda, “trocar uma palavra por outra”.
E o resultado só aparecerá se a técnica for aplicada durante o estudo. Se você deixar para mais tarde, descobrirá que já se esqueceu de uma quantidade maior de informações e sentirá dificuldades de auto-explicar o conteúdo estudado em outro momento.

- Interrogação elaborativa ou Elaboração de perguntas
A técnica de interrogação elaborativa pressupõe a criação de explicações que justifiquem a veracidade dos fatos apresentados pelo texto. 

Essa técnica exige um esforço maior do cérebro e é melhor aplicada por estudantes mais experientes. Para aplicá-la, é necessário fazer perguntas do tipo “Por quê” ao invés de “O quê”? Exemplos: “Por que isso foi criado?” ou “Por que isso faz sentido?”.
É necessário conhecer o tema, no mínimo, para fazer perguntas que tenham sentido. Então, ao estudar um assunto e elaborar perguntas, acabamos por acrescentar conhecimentos que já possuíamos anteriormente. E, ao investigarmos as origens do conteúdo em estudo, assimilamos melhor o que foi lido, afirma a pesquisa.

- Resumo
O Resumo é um texto que sintetiza o conteúdo de um livro ou documento, abordando as ideias principais em uma quantidade reduzida de palavras

Segundo a pesquisa, esta técnica tem utilidade apenas para as provas escritas. Para provas objetivas o resultado é pouco satisfatório. Apesar disso, o resumo ainda é melhor quando comparado às técnicas de grifar e reler os textos. Se você já tem habilidade em produzir resumos, não se preocupe, a pesquisa afirma que pode ser uma estratégia efetiva para pessoas com a sua capacidade.
O principal problema desta técnica de estudo é que nem todos os estudantes conseguem extrair ideias essenciais de um texto. Na maioria das vezes, apenas reescreve tudo que leu usando palavras diferentes do texto original.

- Visualização ou Associação de imagens com textos
De acordo com o artigo do Guia do Estudante, o método da visualização “pode ajudar a formar uma narrativa, de modo a organizar o assunto de uma maneira mais clara a partir das imagens.

Essa técnica só tem resultado satisfatório para memorização de frases, mas não funciona quando se trata de textos longos, aponta a pesquisa dos psicólogos americanos. Essa foi a conclusão a que chegaram após pedirem para alguns estudantes que imaginassem figuras durante a leitura de textos.
Além da transformação das imagens mentais em desenhos não ter demonstrado aumento no processo de aprendizagem, ainda trouxe o inconveniente de limitar os benefícios da imaginação.

- Mnemônicos ou Associação mnemônica
Mnemônico é um conjunto de técnicas utilizadas para auxiliar o processo de memorização. Consiste na elaboração de suportes como os esquemas, gráficos, símbolos, palavras ou frases relacionadas com o assunto que se pretende memorizar. 

Quem não se lembra da “Fórmula do Sorvete” (S= So + V.t) ou do macete para decorarmos a 2ª Lei de Newton, associando a fórmula (Fr = m.a) ao texto “Ferre-se Maria”??
Assim como a associação de imagens com textos, as siglas e palavras-chave foram reprovadas pela pesquisa para aplicação em textos longos. Então, a dica é utilizá-las apenas em casos específicos e, de preferência, um pouco antes da prova.
A pesquisa dos americanos comprovou, ainda, que os mnemônicos só são recomendados e eficazes quando as palavras-chave são importantes e quando o material de estudo incluir palavras-chave fáceis de memorizar.

- Releitura
Reler o texto várias vezes, uma após outra, sem um grande intervalo de tempo entre uma leitura e outra.

Geralmente, a releitura é menos eficaz quando comparada às outras técnicas de estudo. Porém, a pesquisa demonstrou que, em alguns casos, reler certos tipos de texto seguidas vezes pode apresentar um melhor resultado que resumos ou grifos, se praticados por igual intervalo de tempo.

- Grifar textos
Procedimento de leitura que consiste em grifar (marcar, sublinhar) um número reduzido de passagens do texto com o objetivo de ressaltar as informações que melhor sintetizam seu conteúdo.

A prática de grifar partes importantes da matéria estudada com caneta marca-texto foi considerada pouco efetiva pela pesquisa porque, ao fazer um grifo, seu cérebro não está organizando, criando ou conectando conhecimentos. Ou seja: quase não requer esforço!!

sábado, 12 de outubro de 2013

Dica

Inovações Tecnológicas em instalações para água quente, água fria, incêndio e gás.


Palestrante: Eng. Univaldo Matias

Palestra Gratuita
Inscrições Abertas - Vagas Limitadas

Fonte: AEASJC

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Hoje na Aula

Métodos de Pesquisa

Fundamentos da Metodologia Cientifica

Resumo

Capitulo 4

Métodos Científicos 
Conceito de Método, Desenvolvimento Histórico do Método, Método Indutivo, Método Dedutivo, Método Hipotético-dedutivo, Método Dialético, Método Específicos das Ciências Sociais.


CONCEITO DE MÉTODO
Conjunto das atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objetivo - conhecimentos válidos e verdadeiros -, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do cientista.

DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DO MÉTODO
A preocupação em descobrir e, portanto, explicar a natureza vem desde os primórdios da humanidade, quando as duas principais questões referiam-se às forças da natureza, a cuja mercê viviam os homens, e à morte.
O conhecimento filosófico, por seu lado, volta-se para a investigação racional na tentativa de captar a essência imutável do real, através da compreensão da forma e das leis da natureza.
O senso comum, aliado à explicação religiosa e ao conhecimento filosófico, orientou as preocupações do homem com o universo. Somente no século XVI é que se iniciou uma linha de pensamento que propunha encontrar um conhecimento embasado em maiores garantias, na procura do real. Não se buscam mais as causas absolutas ou a natureza íntima das coisas; ao contrário, procura-se compreender as relações entre elas, assim como a explicação dos acontecimentos, através da observação científica aliada ao raciocínio.
Para tal, consideramos, como Bunge, que o método científico é a teoria da investigação. Esta alcança seus objetivos, de forma científica, quando cumpre ou se propõe a cumprir as seguintes etapas:
  • Descobrimento do problema ou lacuna num conjunto de conhecimentos: se o problema não estiver enunciado com clareza, passa-se à etapa seguinte; se o estiver, passa-se à subseqüente;
  • Colocação precisa do problema, ou ainda a recolocação de um velho problema, à luz de novos conhecimentos (empíricos ou teóricos, substantivos ou metodológicos);
  • Procura de conhecimentos ou instrumentos relevantes ao problema (por exemplo, dados empíricos, teorias, aparelhos de medição, técnicas de cálculo ou de medição). Ou seja, exame do conhecido para tentar resolver o problema;
  • Tentativa de solução do problema com auxílio dos meios identificados. Se a tentativa resultar inútil, passa-se para a etapa seguinte; em caso contrário, à subseqüente;
  • Invenção de novas idéias (hipóteses, teorias ou técnicas) ou produção de novos dados empíricos que prometam resolver o problema;
  • Obtenção de uma solução (exata ou aproximada) do problema com auxilio do instrumental conceitual ou empírico disponível;
  • Investigação das conseqüências da solução obtida. Em se tratando de uma teoria, é a busca de prognósticos que possam ser feitos com seu auxílio. Em se tratando de novos dados, é o exame das conseqüências que possam ter para as teorias relevantes;
  • Prova (comprovação) da solução: confronto da solução com a totalidade das teorias e da informação empírica pertinente. Se o resultado é satisfatório, a pesquisa é dada como concluída, até novo aviso. Do contrário, passa- se para a etapa seguinte;
  • Correção das hipóteses, teorias, procedimentos ou dados empregados na obtenção da solução incorreta. Esse é, naturalmente, o começo de um novo ciclo de investigação.
Esquematizando fica assim





MÉTODO INDUTIVO
Parte do particular e chega a uma generalização.

Observa-se casos particulares da realidade -> Chega a uma conclusão geral

Exemplo:
O corvo 1 é negro.
O corvo 2 é negro.
O corvo 3 é negro.
O corvo "n" é negro.
________________
(Todo) corvo é negro.

O método indutivo realiza-se em três etapas:
  • Observação dos fenômenos;
  • Descoberta da relação entre eles;
  • Generalização da relação.
MÉTODO DEDUTIVO
Parte do geral e a seguir desce ao particular

Parte de princípios reconhecidos como verdadeiros e indiscutíveis -> Conclusões puramente formais usando apenas a lógica.

Exemplo:
Todo homem é mortal
Pedro é homem.
Logo, Pedro é mortal.

O método dedutivo é um método científico que considera que a conclusão está implícita nas premissas. Por conseguinte, supõe que as conclusões seguem necessariamente as premissas: se o raciocínio dedutivo for válido e as premissas forem verdadeiras, a conclusão não pode ser mais nada senão verdadeira.
Segundo Salmon (1978:30-31),as duas características básicas que distinguem os argumentos dedutivos dos indutivos são:

Dedutivos: 
  • Se todas as premissas são verdadeiras, a conclusão deve ser verdadeira;
  • Toda a informação ou conteúdo fatual da conclusão já estava, pelo menos implicitamente, nas premissas. 
Indutivos:
  • Se todas as premissas são verdadeiras, a conclusão é provavelmente verdadeira, mas não necessariamente verdadeira;
  • A conclusão encerra informação que não estava, nem implicitamente, nas premissas
MÉTODO HIPOTÉTICO DEDUTIVO
Para Karl R. Popper o método científico parte de um problema (P1), ao qual se oferecesse uma espécie de solução provisória, uma teoria-tentativa (TT), passando-se depois a criticar a solução, com vista à eliminação do erro (EE) e, tal como no caso da dialética, esse processo se renovaria a si mesmo, dando surgimento a novos problemas


Portanto, Popper defende estes momentos no processo investigatório:
  • Problema, que surge, em geral, de conflitos ante , expectativas e teorias existentes;
    A primeira etapa do método proposto por Popper é o surgimento do problema. Nosso conhecimento consiste no conjunto de expectativas que formam como que uma moldura. A quebra desta provoca uma dificuldade: o problema que vai desencadear a pesquisa.

  • Solução proposta consistindo numa conjectura (nova teoria); dedução de conseqüências na forma de proposições passíveis de teste;
    Conjectura é uma solução proposta em forma de proposição passível de teste, direto ou indireto, nas suas conseqüências, sempre dedutivamente: "Se ... então." Verificando- se que o antecedente ("se") é verdadeiro, também o será forçosamente o conseqüente ("então"), isto porque o antecedente consiste numa lei geral e o conseqüente é deduzido dela.

  • Testes de falseamento: tentativas de refutação, entre outros meios, pela observação e experimentação;
    Nesta terceira etapa do método hipotético-dedutivo, realizam-se os testes que consistem em tentativas de falseamento, de eliminação de erros. Quanto mais falseável for uma conjectura, mais científica será, e será mais falseável quanto mais informativa e maior conteúdo empírico tiver.
De forma completa, a proposição de Popper permite a seguinte esquematização:


MÉTODO DIALÉTICO
As Leis da Dialética
  • Ação recíproca, unidade polar ou "tudo se relaciona";
    Para a dialética, as coisas não são analisadas na qualidade de objetos fixos, mas em movimento: nenhuma coisa está "acabada", encontrando-se sempre em vias de se transformar, desenvolver; o fim de um processo é sempre o começo de outro.
  • Mudança dialética, negação da negação ou "tudo se transforma";
    Todo movimento, transformação ou desenvolvimento opera-se por meio das contradições ou mediante a negação de uma coisa - essa negação se refere à transformação das coisas. Dito de outra forma, a negação de uma coisa é o ponto de transformação das coisas em seu contrário. Ora, a negação, por sua vez, é negada. Por isso se diz que a mudança dialética é a negação da negação.
  • Passagem da quantidade à qualidade ou mudança qualitativa;
    Denominamos de mudança quantitativa o simples aumento ou diminuição de quantidade. Por sua vez, a mudança qualitativa seria a passagem de uma qualidade ou de um estado para outro. O importante é lembrar que a mudança qualitativa não é obra do acaso, pois decorre necessariamente da mudança quantitativa.
  • Interpenetração dos contrários, contradição ou luta dos contrários;
    Estudando-se a contradição, como princípio do desenvolvimento, é possível destacar seus principais caracteres:
    • A contradição é interna - toda realidade é movimento e não há movimento que não seja conseqüência de uma luta de contrários, de sua contradição interna, isto é, essência do movimento considerado e não exterior a ele. Exemplo: a planta surge da semente e o seu aparecimento implica o desaparecimento da semente.
    • A contradição é inovadora - não basta constatar o caráter interno da contradição. É necessário, ainda, frisar que essa contradição é a luta entre o velho e o novo, entre o que morre e o que nasce, entre o que perece e o que se desenvolve. Exemplo: é na criança e contra ela que cresce o adolescente; é no adolescente e contra ele que amadurece o adulto.
    • Unidade dos contrários - a contradição encerra dois termos que se opõem: para isso, é preciso que seja uma unidade, a unidade dos contrários. Exemplos: existe, em um dia, um período de luz e um período de escuridão. Pode ser um dia de 12 horas e uma noite de 12 horas. Portanto, dia e noite são dois opostos que se excluem entre si, o que não impede que sejam iguais e constituam as duas partes de um mesmo dia de 24 horas.

MÉTODOS ESPECÍFICOS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS
O Método e os Métodos
Método e métodos situam-se em níveis claramente distintos, no que se refere à sua inspiração filosófica, ao seu grau de abstração, à sua finalidade mais ou menos explicativa, à sua ação nas etapas mais ou menos concretas da investigação e ao momento em que se situam.
  • Método de abordagem: com uma contribuição às tentativas de fazer distinção entre os termos, diríamos que o método se caracteriza por uma abordagem mais ampla, em nível de abstração mais elevado, dos fenômenos da natureza e da sociedade.
  • Métodos de procedimento: etapas mais concretas da investigação, com finalidade mais restrita em termos de explicação geral dos fenômenos e menos abstratas.

Método Histórico
Promovido por Boas. Partindo do princípio de que as atuais formas de vida social, as instituições e os costumes têm origem no passado, é importante pesquisar suas raízes, para compreender sua natureza e função. O método histórico consiste em investigar acontecimentos, processos e instituições do passado para verificar a sua influência
na sociedade de hoje, pois as instituições alcançaram sua forma atual através de alterações de suas partes componentes, ao longo do tempo, influenciadas pelo contexto cultural particular de cada época.

Método Comparativo
Empregado por Tylor. Considerando que o estudo das semelhanças e diferenças entre diversos tipos de grupos, sociedades ou povos contribui para uma melhor compreensão do comportamento humano, este método realiza comparações, com a finalidade de verificar semelhanças e explicar divergências. O método comparativo é usado tanto para comparações de grupos no presente, no passado, ou entre os existentes e os do passado, quanto entre sociedades de iguais ou de diferentes estágios de desenvolvimento.

Método Monográfico
Criado por Le Play, que o empregou ao estudar famílias operárias na Europa. Partindo do princípio de que qualquer caso que se estude em profundidade pode ser considerado representativo de muitos outros ou até de todos os casos semelhantes, o método monográfico consiste no estudo de determinados indivíduos, profissões, condições, instituições, grupos ou comunidades, com a finalidade de obter generalizações. A investigação deve examinar o tema escolhido, observando todos os fatores que o influenciaram e analisando-o em todos os seus aspectos.

Método Estatístico
Planejado por Quetelet. Os processos estatísticos permitem obter, de conjuntos complexos, representações simples e constatar se essas verificações simplificadas têm relações entre si. Assim, o método estatístico significa redução de fenômenos sociológicos, políticos, econômicos etc. a termos quantitativos e a manipulação estatística, que permite comprovar as relações dos fenômenos entre si, e obter generalizações sobre sua natureza, ocorrência ou significado.

Método Tipológico
Habilmente empregado por Max Weber. Apresenta certas semelhanças com o método comparativo. Ao comparar fenômenos sociais complexos, o pesquisador cria tipos ou modelos ideais, construídos a partir da análise de aspectos essenciais do fenômeno. A característica principal do tipo ideal é não existir na realidade, mas servir de modelo para a análise e compreensão de casos concretos, realmente existentes. Weber, através da classificação e comparação de diversos tipos de cidades, determinou as características essenciais da cidade; da mesma maneira, pesquisou as diferentes formas de capitalismo para estabelecer a caracterização ideal do capitalismo moderno; e, partindo

Método Funcionalista
Utilizado por Malinowski. É, a rigor, mais um método de interpretação do que de investigação. Levando-se em consideração que a sociedade é formada por partes componentes, diferenciadas, inter-relacionadas e interdependentes, satisfazendo, cada uma, funções essenciais da vida social, e que as partes são mais bem entendidas compreendendo-se as funções que desempenham no todo, o método funcionalista estuda a sociedade do ponto de vista da função de suas unidades, isto é, como um sistema organizado de atividades.

Método Estruturalista
Desenvolvido por Lévi-Strauss. O método parte da investigação de um fenômeno concreto, eleva-se a seguir ao nível do abstrato, por intermédio da constituição de um modelo que represente o objeto de estudo retomando por fim ao concreto, dessa vez como uma realidade estruturada e relacionada com a experiência do sujeito social. Considera que Ulna linguagem abstrata deve ser indispensável para assegurar a possibilidade de comparar experiências à primeira vista irredutíveis que, se assim permanecessem, nada poderiam ensinar; em outras palavras, não poderiam ser estudadas. Dessa forma, o método estruturalista caminha do concreto para o abstrato e vice-versa, dispondo, na segunda etapa, de um modelo para analisar a realidade concreta dos diversos fenômenos.

Métodos e Quadro de Referência
Diferenciando-se do método de abordagem, os métodos de procedimento muitas vezes são utilizados em conjunto, com a finalidade de obter vários enfoques do objeto de estudo.
Exemplos do uso concomitante dos diversos métodos: para analisar o papel que os sindicatos desempenham na sociedade, pode-se pesquisar a origem e o desenvolvimento do sindicato, e a forma específica em que aparece nas diferentes sociedades: método histórico e comparativo. 

Quadro de Referência: a questão da metodologia é importante quando se analisa o quadro de referência utilizado; este pode ser compreendido como uma totalidade que abrange dada teoria e a metodologia específica dessa teoria. Teoria, aqui, é considerada toda generalização relativa a fenômenos físicos ou sociais, estabelecida com o rigor científico necessário para que possa servir de base segura à interpretação da realidade; metodologia, por sua vez, engloba métodos de abordagem e de procedimento e técnicas. 

Assim, a teoria do materialismo histórico, o Método de abordagem dialético, os métodos de procedimento histórico e comparativo, juntamente com técnicas específicas de coleta de dados, formam o quadro de referência marxista. Outro exemplo diz respeito à teoria da evolução (Darwin), juntamente com método de abordagem indutivo, método de procedimento comparativo e respectivas técnicas (quadro de referência evolucionista).

Fonte: Fundamentos da Metodologia Cientifica

Hoje na Aula

Métodos de Pesquisa

Fundamentos da Metodologia Cientifica

Resumo

Capitulo 2

Pesquisa Bibliográfica e Resumos
Fases da pesquisa bibliográfica, Fichas, Resumos


FASES DA PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

A pesquisa bibliográfica compreende oito fases distintas:
  1. Escolha do tema;
  2. Elaboração do plano de trabalho;
  3. Identificação;
  4. Localização;
  5. Compilação;
  6. Fichamento;
  7. Análise e interpretação;
  8. Redação.

Escolha do Tema

O tema é o assunto que se deseja provar ou desenvolver. Para a escolha de um tema de ser levado em consideração fatores internos e externos.
  • Fatores internos:
    • Selecionar um assunto de acordo com as inclinações, as aptidões e as tendências de quem se propõe a elaborar um trabalho científico;
    • Optar por um assunto compatível com as qualificações pessoais, em termos de background da formação universitária e pós-graduada;
    • Encontrar um objeto que mereça ser investigado cientificamente e tenha condições de ser formulado e delimitado em função da pesquisa.
  • Fatores externos:
    • A disponibilidade do tempo para realizar uma pesquisa completa e aprofundada;
    • A existência de obras pertinentes ao assunto em número suficiente para o estudo global do tema;
    • A possibilidade de consultar especialistas da área, para uma orientação tanto na escolha quanto na análise e interpretação da documentação específica.
Após a escolha do assunto, o passo seguinte é a delimitação. É necessário evitar a escolha de temas muito amplos que conduzem a discussões intermináveis, repetições de lugares-comuns ou descobertas já superadas.
A delimitação do assunto implica:
  • Distinguir o sujeito e o objeto da questão: o sujeito é a realidade a respeito da qual se deseja saber alguma coisa. É o universo de referencia. O objeto de um assunto é o tema propriamente dito.
  • Especificar os limites da extensão tanto do sujeito quanto do objeto: pode ser realizado através de adjetivos explicativos ou restritivos.
    • Adjetivos explicativos: designam-se as qualidades, condições ou estados essenciais ao sujeito ou objeto.
    • Adjetivos restritivos: indicam-se as qualidades, condições ou estados acidentais do sujeito ou objeto.
  • Complementos nominais de especificação: são pessoas ou coisas que, acrescentadas a substantivos ou adjetivos, especificam a ação ou sentimentos que os mesmos substantivos ou adjetivos designam.
  • Determinação das circunstâncias: às vezes, pode ser necessário determinar as circunstâncias que limitam mais ainda a extensão do assunto, especialmente as circunstâncias de tempo e espaço.
Elaboração do Plano de Trabalho
Pode preceder o fichamento, quando então é provisório, ou ocorrer depois de iniciada a coleta de dados bibliográficos, quando já se dispõe de mais subsídios para elaboração do plano definitivo. Engloba ainda a formulação do problema, o enunciado de hipóteses e a determinação das variáveis.
Na elaboração do plano deve-se observar a estrutura de todo o trabalho científico: introdução, desenvolvimento e conclusão.
  • Introdução: formulação clara e simples do tema, sua delimitação, importância, caráter, justificativa, metodologia empregada e apresentação sintética da questão;
  • Desenvolvimento: fundamentação lógica do trabalho, cuja finalidade é expor e demonstrar suas principais idéias. Apresenta três fases:
    • Explicação: apresentar o sentido de um tema, analisar e compreender, procurando suprimir o ambíguo ou o obscuro;
    • Discussão: é o exame, a argumentação e a explicação do tema: explica, discute, fundamenta e enuncia as proposições;
    • Demonstração: é a dedução lógica do trabalho, implicando o exercício do raciocínio.
  • Conclusão: consiste no resumo completo, mas sintetizado, da argumentação desenvolvida na parte anterior. Devem constar da conclusão a relação existente entre as diferentes partes da argumentação e a união das idéias e, ainda, a síntese de toda a reflexão.
Identificação
É a fase de reconhecimento do assunto pertinente ao tema em estudo. O primeiro passo seria a procura de catálogos onde se encontram as relações das obras. O segundo passo, tendo em mãos o livro ou periódico, seria o levantamento, pelo Sumário ou Índice, dos assuntos nele abordados. O último passo teria em vista a verificação da bibliografia ao final do livro ou do artigo,

Localização
Tendo realizado o levantamento bibliográfico, com a identificação das obras que interessam, passa-se à localização das fichas bibliográficas nos arquivos das bibliotecas públicas, nas de faculdades oficiais ou particulares e outras instituições.

Compilação
É a reunião sistemática do material contido em livros, revistas, publicações avulsas ou trabalhos mimeografados.

Fichamento
À medida que o pesquisador tem em mãos as fontes de referência, deve transcrever os dados em fichas, com o máximo de exatidão e cuidado. A ficha é um instrumento de fácil manipulação e possibilita a ordenação dos assuntos abordados no trabalho. 

Análise e Interpretação
A primeira fase da análise e da interpretação é a crítica do material bibliográfico. Divide-se em crítica externa e interna.
A crítica externa é feita sobre "o significado, a importância e o valor histórico de um documento, considerado em si mesmo e em função do trabalho que está sendo elaborado.
  • Crítica do texto: averígua se o texto sofreu ou não alterações, interpolações e falsificações ao longo do tempo;
  • Crítica da autenticidade: determina o autor, o tempo, o lugar e as circunstâncias da composição;
  • Crítica da proveniência: investiga a origem do texto.
A crítica interna é aquela que aprecia o sentido e o valor do conteúdo. Compreende:
  • Crítica de interpretação ou hermenêutica: averígua o sentido exato que o autor quis exprimir;
  • Crítica do valor interno do conteúdo: aprecia a obra e forma um juízo sobre a autoridade do autor e o valor que representa o trabalho e as idéias nele contidas.
As demais fases da analise consiste na decomposição dos elementos essenciais e sua classificação, generalização e análise crítica.
A Interpretação exige a comprovação ou refutação das hipóteses com base nos dados coletados.

Redação
A redação da pesquisa bibliográfica varia de acordo com o tipo de trabalho científico que se deseja apresentar. Pode ser uma monografia, uma dissertação ou uma tese.

FICHAS
A ficha é um instrumento de trabalho imprescindível. Elas permitem:
  • Identificar as obras;
  • Conhecer seu conteúdo;
  • Fazer citações;
  • Analisar o material;
  • Elaborar críticas.
Aspecto Físico
Os tamanhos mais comuns de fichas são:
Tipo grande 12,5 cm x 20,5 cm
Tipo médio 10,5 cm x 15,5 cm
Tipo pequeno (internacional) 7,5 cm x 12,5 cm

Composição das Fichas
A estrutura das fichas, de qualquer tipo, compreende três partes principais: 
  • Cabeçalho: compreende o título genérico remoto, o título genérico próximo, o título específico, o número de classificação da ficha e a letra indicativa da seqüência;
  • Referência bibliográfica: deve sempre seguir as normas da ABNT;
  • Corpo ou texto: o conteúdo das fichas varia segundo o tipo de ficha que se está trabalhando.
Indicação da Obra
As fichas, depois de utilizadas para a realização de um trabalho, poderão ser novamente empregadas na vida acadêmica ou profissional. Dessa fonna, é desejável a indicação da obra, quer para estudos e pesquisas em disciplinas específicas, quer para estudantes de determinada área.

Local
É possível que, depois de fichada uma obra, haja necessidade de voltar a consultá-la. Assim, é também importante a indicação do local em que se acha disponível o material.

Conteúdo das Fichas
O conteúdo que constitui o corpo ou texto das fichas varia segundo sua finalidade. Pode ser:
  • Bibliográfica, que se subdivide em:
    • Bibliográfica de obra inteira; 
    • Bibliográfica de parte de uma obra.
  • Citações;
  • Resumo ou de Conteúdo;
  • Esboço;
  • Comentário ou Analítica.
Ficha Bibliográfica
Aspectos:
  • O campo do saber que é abordado;
  • Os problemas significativos tratados;
  • As conclusões alcançadas;
  • As contribuições especiais em relação ao assunto do trabalho;
  • As fontes dos dados;
  • Os métodos de abordagem e de procedimento utilizados pelo autor;
  • A modalidade empregada pelo autor;
  • A utilização de recursos ilustrativos.
Ficha de Citações
Consiste na reprodução fiel de frases ou sentenças consideradas relevantes ao estudo em pauta. Devem-se observar os seguintes cuidados
  • Toda citação tem de vir entre aspas;
  • Após a citação, deve constar o número da página de onde foi extraída;
  • A transcrição tem de ser textual;
  • A supressão de uma ou mais palavras deve ser indicada;
  • A supressão de um ou mais parágrafos também deve ser assinalada;
  • A frase deve ser complementada, se necessário;
  • Quando o pensamento transcrito é de outro autor, tal fato tem de ser assinalado.
Fichas de Resumo/Conteúdo
Apresenta uma síntese bem clara e concisa das idéias principais do autor ou um resumo dos aspectos essenciais da obra. Características:
  • É a exposição abreviada das idéias do autor;
  • É elaborada pelo leitor, com suas próprias palavras, sendo mais uma interpretação do autor;
  • Apresentam-se mais informações do que a ficha bibliográfica;
  • Não precisa obedecer estritamente à estrutura da obra: lendo a obra, o estudioso vai fazendo anotações dos pontos principais. Ao final, redige um resumo, contendo a essência do texto.
Ficha de Esboço
Refere-se à apresentação das principais idéias expressas pelo autor, ao longo da sua obra ou parte dela, de forma mais detalhada. Aspectos principais:
  • É a mais extensa das fichas, apesar de requerer, também, capacidade de síntese, pois o conteúdo de uma obra, parte dela ou de um artigo mais extenso é expresso em uma ou algumas fichas;
  • É a mais detalhada, em virtude de a síntese das idéias ser realizada quase que de página a página;
  • Exige a indicação das páginas, em espaço apropriado, à esquerda da ficha, à medida que se vai sintetizando o material.
Ficha de Comentário/Analítica
Consiste na explicitação ou interpretação crítica pessoal das idéias expressas pelo autor, ao longo de seu trabalho ou parte dele. Pode apresentar:
  • Comentário sobre a forma pela qual o autor desenvolve seu trabalho, no que se refere aos aspectos metodológicos;
  • Análise crítica do conteúdo, tomando como referencial a própria obra;
  • Interpretação de um texto obscuro para tomá-lo mais claro;
  • Comparação da obra com outros trabalhos sobre o mesmo tema;
  • Explicitação da importância da obra para o estudo em pauta.
Tipos de Fichas de Manzo
Manzo apresenta cinco tipos de anotações:
  • Comentário: explicitação do conteúdo, para sua melhor compreensão;
  • Informação geral: enfoque mais amplo sobre o conteúdo geral;
  • Glosa: explicitação ou interpretação de um texto obscuro para tomá-lo mais claro;
  • Resumo: síntese bem clara e concisa das idéias principais ou resumo dos aspectos essenciais;
  • Citações: reprodução fiel de palavras ou trechos considerados relevantes e que deverão ser colocados entre aspas, devido à sua importância em relação ao estudo em pauta.

RESUMOS
Os resumos são instrumentos obrigatórios de trabalho através dos quais se podem selecionar obras que merecem a leitura do texto completo. Os resumos só são válidos quando contiverem, de forma sintética e clara, tanto a natureza da pesquisa realizada quanto os resultados e as conclusões mais importantes, em ambos os casos destacando-se o valor dos achados ou de sua originalidade.

Conceito, Finalidade e Caráter
O resumo é a apresentação concisa e freqüentemente seletiva do texto, destacando-se os elementos de maior interesse e importância, isto é, as principais idéias do autor da obra.
A finalidade do resumo consiste na difusão das informações contidas em livros, artigos, teses etc., permitindo a quem o ler resolver sobre a conveniência ou não de consultar o texto completo. 
O caráter de um resumo depende de seus objetivos: apresentar 
  • Um sumário narrativo das partes mais significativas, não dispensando a leitura do texto;
  • Condensação do conteúdo, expondo ao mesmo tempo tanto as finalidades e metodologia quanto os resultados obtidos e as conclusões da autoria, permitindo a utilização em trabalhos científicos e dispensando, portanto, a leitura posterior do texto original; 
  • Análise interpretativa de um documento, criticando os diferentes aspectos inerentes ao texto.
Como Resumir
Deve-se desenvolver as ideias em ordem hierárquica, fazendo um esboço e tentando captar o plano geral da obra e seu desenvolvimento, e posteriormente identificar a ideia central e o proposito que norteiam o autor através de duas questões principais: de que se trata esse texto? O que se pretende demonstrar?
Feito isso a preocupação é descobrir as partes principais que se estrutura o texto, a compreensão das ideias. É importante distinguir a ordem em que aparecem as diferentes partes do texto.
Uma vez compreendido o texto, selecionadas as palavras-chave e entendida a relação entre as partes essenciais, pode-se passar à elaboração do resumo.

Tipos
O resumo pode ser:
  • Indicativo ou descritivo: quando faz referência às partes mais importantes, componentes do texto;
  • Informativo ou analítico: quando contém todas as informações principais apresentadas no texto e permite dispensar a leitura do mesmo;
  • Crítico: quando se formula um julgamento sobre o trabalho.
Fonte: Fundamentos da Metodologia Cientifica

Hoje na Aula

Métodos de Pesquisa

Fundamentos da Metodologia Cientifica

Resumo

Capitulo 1

Procedimentos didáticos
Leitura, Análise de texto e Seminário.

LEITURA



Elementos
A maior parte do conhecimento é obtido através da leitura. Ela propicia a ampliação do conhecimento, a obtenção de informações básicas ou especificas e o melhor entendimento das obras.
O hábito de ler torna a pessoa capaz de interpretar, decifrar e distinguir os elementos mais importantes e utiliza-los como fonte de novas idéias.
A partir da análise dos elementos auxiliares para a identificação de um texto o leitor consegue definir se o texto se enquadra no tipo de trabalho que o mesmo quer desenvolver. Sendo eles: titulo, data da publicação, orelha ou contracapa, índice, prefacio ou nota do autor e bibliografia.
A leitura deve conduzir a obtenção de informações e para isso existem alguns aspectos que devem ser considerados na hora de se ler uma obra, são eles: leitura com objetivo determinado, preocupação com o conhecimento de todas as palavras, interrupção da leitura (parcial ou total) e discussão.

Leitura Proveitosa
Uma leitura de estudo nunca deve ser realizada sem determinar um objetivo, sem avaliar, discutir e aplicar o conhecimento adquirido através doo desenvolvimento de sinteses e resumos.
Alguns aspectos para que a leitura seja proveitosa são:
  • Atenção: buscar entendimento e assimilação dos conteúdos básicos dos textos;
  • Intenção: interesse por aprender algo novo; 
  • Reflexão: analise do que se lê, levando em consideração todos os pontos;
  • Espirito Critico: avaliação do texto;
  • Análise: divisão dos temas em partes e determinação das relações existentes entre eles;
  • Síntese: resumo dos aspectos essenciais sem perder a sequencia lógica do pensamento do autor.
Objetivos
Existem várias maneiras e objetivos para quem pretende lidar com um texto, são elas:
  • Scanning - procura de certo tópico da obra, utilizando o índice ou sumário, ou a leitura de algumas linhas, parágrafos, visando encontrar frases ou palavras-chave;
  • Skimming - captação da tendência geral, sem entrar em minúcias, valendo-se dos títulos, subtítulos e ilustrações, se houver; deve-se também ler parágrafos, tentando encontrar a metodologia e a essência do trabalho;
  • Significado - visão ampla do conteúdo, deixando de lado aspectos secundários, percorrendo tudo de uma vez, sem voltar;
  • Estudo ou informativa - absorção mais completa do conteúdo e de todos os significados, devendo-se ler, reler, utilizar o dicionário, marcar ou sublinhar palavras ou frases-chave e fazer resumos;
  • Crítica - estudo e formação de ponto de vista sobre o texto.
A leitura de estudo ou informativa visa a coleta de informações para determinado propósito. Ela apresenta três objetivos predominantes:
  • Certificar-se do conteúdo do texto, constatando o que o autor afirma, os dados que apresenta e as informações que oferece;
  • Correlacionar os dados coletados a partir das informações do autor com o problema em pauta;
  • Verificar a validade dessas informações
Fases
A leitura informativa engloba as fases:
  • Fase de reconhecimento ou prévia.
    Leitura rápida cuja finalidade é procurar um assunto de interesse;
  • Fase exploratória ou pré leitura.
    Leitura de sondagem, tendo em vista localizar as informações, uma vez que já se tem conhecimento de sua existência;
  • Fase Seletiva.
    Leitura que visa a seleção das informações mais importantes relacionadas com o problema em questão;
  • Fase Reflexiva.
    Leitura mais profunda do que as anteriores, refere-se ao reconhecimento e a avaliação das informações, das intenções e dos propósitos do autor;
  • Fase Critica.
    Leitura que avalia as informações do autor. Implica saber escolher e diferenciar as ideias principais das secundarias hierarquizando-as pela ordem de importância;
  • Fase Interpretativa.
    Leitura que relaciona as afirmações do autor com os problemas para os quais, através da leitura de textos, esta se buscando uma solução;
  • Fase explicativa.
    Leitura com o intuito de verificar os fundamentos de verdade enfocados pelo autor.  

ANÁLISE DE TEXTO

Fases
A análise de um texto refere-se ao processo de conhecimento de determinada realidade, decompondo um todo em partes, e estruturando as ideias de maneira hierárquica.
A análise permite observar os componentes de um conjunto e perceber suas possíveis relações para que se possa passar de uma ideia-chave para um conjunto de ideias especificas, através das associações ou semelhanças entre ambas, e posteriormente a generalização, observando se os elementos das ideias podem ser incluídos no geral, e depois passar a crítica utilizando processos sistemáticos e controláveis.

Objetivos e Procedimentos
A análise do texto tem como objetivo levar o estudante a:
  • Aprender a ler, a ver, a escolher o mais importante dentro do texto;
  • Reconhecer a organização e estrutura de uma obra ou texto;
  • Interpretar o texto, familiarizando-se com idéias, estilos, vocabulários;
  • Chegar a níveis mais profundos de compreensão;
  • Reconhecer o valor do material, separando o importante do secundário ou acessório;
  • Desenvolver a capacidade de distinguir fatos, hipóteses e problemas;
  • Encontrar as idéias principais ou diretrizes e as secundárias;
  • Perceber como as idéias se relacionam;
  • Identificar as conclusões e as base que as sustentam.
Por sua vez, o procedimento deve conter as seguintes etapas:
  • Para se ter um sentido completo, proceder à sua leitura integral com o objetivo de obter uma visão do todo;
  • Reler o texto, assinalando ou anotando palavras e expressões desconhecidas, valendo-se de um dicionário para esclarecer seus significados;
  • Esclarecidas as dúvidas, fazer nova leitura, visando à compreensão do todo;
  • Tornar a ler, procurando a idéia principal ou palavra-chave, que tanto pode estar explícita quanto implícita no texto; às vezes, encontra-se confundida com aspectos secundários ou acessórios;
  • Localizar acontecimentos e idéias, comparando-os entre si, procurando semelhanças e diferenças existentes;
  • Agrupá-los, pelo menos por uma semelhança importante, e organizá-los em ordem hierárquica de importância;
  • Interpretar as idéias e/ou fenômenos, tentando descobrir conclusões a que o autor chegou;
  • Proceder à crítica do material como um todo e principalmente das conclusões.
Partes da análise do texto

  • Analise dos elementos: visa a compreensão de todos os elementos básicos e essenciais de um texto;
  • Analise das relações: visa encontrar as principais relações e estabelecer conexões com os diferentes elementos essenciais do texto;
  • Analise da estrutura: visa verificar as partes de um todo, procurando evidenciar as relações existentes entre elas. Esta é uma analise mais complexa, ela pode ser estática (resultante de um processo de sucessão de fenômenos preestabelecidos, descrição das relações de todos os elementos como um todo e entre si e analise do processo que o gerou) ou dinâmica (gera um processo. O ordenamento consiste em enumerar as ideias básicas e descrever seu funcionamento e finalidade).

Tipos de análise do texto

  • Análise textual: identificar o texto como uma unidade que apresenta um pensamento completo, assinalar palavras desconhecidas, esquematizar o texto com a finalidade de evidenciar sua estrutura organizacional;
  • Análise temática: separar as ideias de acordo com sua importância e reconstituir uma nova linha de raciocinio fazendo emergir o processo lógico do pensamento;
  • Análise interpretativa e crítica: associar ideias expressas pelo autor com outras de conhecimento próprio; 
  • Problematização: debates sobre questões do texto;
  • Conclusão Textual: reelaboração pessoal da mensagem transmitida pelo texto.

SEMINÁRIO
Técnica de estudo que inclui pesquisa, discussão e debate. Essa técnica desenvolve a capacidade de pesquisa, de análise sistemática de fatos, do hábito de raciocínio e da reflexão.

Estrutura e funcionamento
Pode ser individual ou em grupo com debates após as apresentações.

Fontes
Qualquer tipo de assunto pode ser apresentado através de um seminário.

Componentes

  • Coordenador: propõe temas, preside e coordena as apresentações dos seminários;
  • Organizador: marca reuniões, coordena as pesquisas e o material, delega funções;
  • Relator: expõe o resultado dos estudos;
  • Secretário: anota as conclusões parciais e finais dos seminários após o debate;
  • Comentador: estuda o tema da apresentação antes e faz criticas adequadas antes da discussão e debate;
  • Debatedores: fazem perguntas, pedem esclarecimentos e reforçam argumentos.

Fonte: Fundamentos da Metodologia Cientifica

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Hoje na Aula

Geodésia

Projeção Universal Transversa de Mercator


É o Sistema de Projeção adotado para o Mapeamento Sistemático Brasileiro.
  • Projeção Cilíndrica, Secante e Conforme;
  • O mundo é dividido em 60 fusos, onde cada um se estende por 6º de longitude;
  • Os fusos são numerados de 1 a 60;
  • É associada ao sistema de coordenadas plano-retangulares, onde um eixo coincide com o Meridiano Central e o outro eixo com o Equador;
  • Coordenadas E e N;
Fator de deformação:
  • Meridiano Central: 0,9996
  • Extremos do fuso: 1,0015
  • Linhas de secância: 1
Origem do Sistema:
  • Hemisfério Sul:
    • E = 500.000m
    • N = 10.000.000m
  • Hemisfério Norte:
    • E = 500.000m
    • N = 0m
Sistema usado entre as latitudes 84ºN e 80ºS;

Mais Informações:
  • A projeção UTM é útil em áreas pequenas, em escalas 1:50.000 ou 1:10.000;
  • O sistema UTM não dá coordenadas cartesianas em metros, pois sua malha é distorcida em relação às direções N-S e E-O verdadeiras;
  • Não se pode integrar mapas de fusos diferentes, ou seja, se dois mapas 1:10.000 adjacentes apresentam sigla inicial com número diferente (SF22 e SF23, por exemplo), isso indica que estão em cartas 1:1.000.000 diferentes, e portanto em fusos UTM diferentes, cada um projetado em um cilindro;
  • Na latitude de São Paulo os limites de um fuso tem inclinação de 1,2o em relação ao norte geográfico, e como mapas de fusos adjacentes tem inclinação oposta, as linhas UTM divergem em 2,4º – os mapas não encaixam;
  • Para indicar a posição de um ponto no planeta, não basta fornecer as coordenadas lidas em um GPS, é necessário informar também a zona UTM, pois uma determinada coordenada pode representar 120 pontos diferentes no planeta, 2 por cilindro (um Norte e outro Sul);
  • Em projetos e relatórios de áreas restritas é útil expressar a posição de um ponto em UTM, mas para trabalhos regionais ou destinados a publicação em periódicos, as coordenadas geográficas são mais adequadas.

Fonte: Material dado em aula.

Hoje na Aula

Geodésia

Sistemas de Coordenadas

São necessários para expressar a posição de pontos sobre uma superfície, seja ela um plano, uma esfera ou um elipsoide.

Meridianos e Paralelos

Meridianos: São circulos máximos que cortam a Terra de pólo a pólo. Todos se cruzam em ambos os pólos. Greenwich (0º) é o meridiano de origem.

Paralelos: São círculos que cruzam os meridianos perpendicularmente. Existe apenas um círculo máximo, o Equador (0º).


Latitude e Longitude.


Latitude: Arco contado sobre o meridiano do lugar e que vai do Equador até o lugar considerado. Varia de 0º a 90ºN ou 0º a -90º

Longitude: Arco contado sobre o Equador que vai de Greenwich até o meridiano do lugar. Varia de 0º à 180ºW ou 0º à -180º.

Além da latitude e da longitude poderem ser representados em cima do equador e do meridiano do lugar, também podem ser representados através de um ângulo formado, tendo como referência o centro de massa da Terra, entre o ponto até o equador, e do ponto até o meridiano do lugar.





Altura Ortométrica e Geométrica
Altura Ortométrica (H): distância entre o geoide e a superfície terrestre, medida ao longo da linha de prumo.
Altura Geométrica (h): distância entre o elipsoide e a superfície terrestre, medida ao longo da normal ao elipsoide.
Ondulação Geoidal (N): distância entre o elipsoide e o geoide, medida ao longo da normal ao elipsoide.

Fonte: Material dado em aula.